sábado, 18 de julho de 2015

Mais exercícios de interpretação de texto

A vida do homem

Baseado na fábula de Esopo


          Deus criou o homem e disse-lhe:
         - Vai, serás o senhor da terra e o animal superior. Grandes trabalhos e surpresas te esperam, mas de tudo triunfarás, se fizeres a tua parte. A tua felicidade muito depende do teu querer. Viverás trinta anos.
         O homem ouviu e calou-se.
         Deus criou o burro e disse-lhe:
         -  Vais viver como escravo do homem, conduzir a ele com todos os fardos que te puser às costas. Serás bastante discreto e paciente para suportar, além de pesada carga, as privações que te forem impostas durante as viagens. Viverás cinquenta anos.
O burro respondeu:
         -  Escravidão, cargas, privações, e viver cinquenta anos. É muito, Senhor, bastam-me trinta.
         Deus criou o cão e lhe disse:
         -  Vais ser o companheiro do homem, a quem guardarás, sempre alerta, à porta, servindo com inteira obediência, ainda que não recebas mais que um osso para matar a fome. Serás açoitado, passarás fome, mas humilde e fiel, tens que lamber a mão de quem te castiga. Viverás trinta anos.
         O cão pensou e refugou:
          -  Vigiar dia e noite, ser açoitado, padecer fome e viver trina anos. Não Senhor, quero apenas dez.
         Deus criou o macaco e disse-lhe:
         - Vai, teu ofício é alegrar o homem. Saltando de galho em galho, procurarás, imitando - lhes os gestos, arremedando, fazendo caretas, aliviar-lhe a tristeza e entreter-lhe o humor. Viverás cinquenta anos.
         O macaco pestanejou e pediu:
          Senhor, é demasiado para tão ingrato destino  bastam-me trinta anos.
         Tomando, então, a palavra, disse o homem:
          -  Vinte anos que o burro não quis, vinte que o cão enjeitou, vinte que o macaco recusa, dê-os a mim, Senhor, que trinta anos é muito pouco para o rei dos animais.
         O criador disse:
         -  Toma-os. Viverás noventa anos, mas com uma condição: cumprirás em tua vida, não só o teu destino, mas também o do burro, o do cão, e o do macaco.
E assim vive o homem:
         Até os trinta, forte, corajoso, resistente, enfrenta os perigos e obstáculos. Luta bravamente; vence e domina. É homem.
 Dos trinta aos cinquenta, tem família, e trabalha sem repouso, para sustentá-la. Cria os filhos, afadiga-se por educá-los e garantir-lhes o futuro. Sobre ele se acumulam os encargos. É burro.
Dos cinquenta aos setenta, está de sentinela à família.  Dedicado e dócil, seu dever é defendê-la, mas já não pode, contudo, fazer valer a sua vontade. Contrariado humilha-se e obedece. É cão. Dos setenta aos noventa, sem forças, curvo, cansado e enrugado, vegeta num canto; é inútil e ridículo. Sabe que não o levam a sério, mas resigna-se e tem gosto em ser o palhaço das crianças. É macaco.



Responda as questões propostas no caderno.
1 - Quais são os personagens da história?
2 - Por que o homem quis os anos que os animais rejeitaram?
3 - Escreva resumidamente os papéis:
a) do homem
b) do burro
c) do cão
d) do macaco
4 - Segundo o texto, qual era o destino do homem  depois dos trinta anos?
5 - Em que tempo e modo estão os verbos do texto? Justifique sua resposta.
6 – Transcreva do texto os pronomes pessoais que aparecem e classifique-os:

Pronomes pessoais
Caso reto
Caso obliquo
De tratamento









7 – Escreva o antônimo das palavras apontadas.

Antônimos
Forte
Corajoso
Felizes
Discreto
Grandes
Superior
Paciente









8 - Escreva um texto resumindo a história “A Vida do Homem”





ESOPO E A LÍNGUA

         Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia. Certo dia em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar a sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:
         Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da Terra está à venda no mercado.
- Como? – perguntou o amo, surpreso – Tens certeza do que estás falando? Como podes afirmar tal coisa?
- Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da Terra.
Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos, voltou carregando um pequeno embrulho. Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para se explicar.
- Meu amo, não vos enganei – retrucou o escravo.  A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir. Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos. Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?
         - Boa, meu caro – retrucou o amo – Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo?
- É perfeitamente possível, senhor. E com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda Terra.
Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a minutos voltava com outro pacote, semelhante ao primeiro. Ao abri-lo, o amo encontrou novamente pedaços de língua. Desapontado, interrogou o escravo e obteve dele surpreendente resposta:
- Por que vos admirais de minha escolha? Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores, se transforma no pior dos vícios. Através dela tecem-se as intrigas e as violências verbais. Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido. Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social. Acaso podeis refutar o que digo? - indagou Esopo.
Impressionado com a inteligência invulgar do serviçal, o senhor calou-se, comovido, e, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade.
Esopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da Antiguidade, cujas histórias até hoje se espalham por todo o mundo.

(Autor desconhecido) texto com adaptações

1) Essa narrativa tem como protagonistas:


(A ) o amo e o patrão
(B ) o chefe militar e o escravo
(C ) o companheiro e o patrão
(D ) o servo e o escravo


2) Dê um  sinônimo para as palavras  palavra grifadas:

 a) “indagou Esopo”
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b) Em “impressionado com a inteligência invulgar do serviçal...”, o adjetivo destacado significa:
____________________________________________________________________________________________________________
3) Segundo o texto, a língua tanto serve para as virtudes quanto para os vícios do mundo. Retire do 9º. Parágrafo  do texto uma passagem que comprove  as virtudes e os vícios respectivamente.
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4) Em “por ela mesma ensinadas...”, a palavra destacada está no feminino plural em concordância com:


(A ) “violências”
(B ) “anedotas”
(C ) “verdades”
(D ) “discussões”


5) Em “Ao abri-lo”, o pronome foi usado para substituir a seguinte palavra:


(A ) pacote
(B ) amo
(C ) primeiro
( D) Esopo


6) Por que Esopo foi libertado?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7) Retire dois exemplos de verbo no imperativo negativo.
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8) Transcreva do texto os verbos no:
Infinitivo
Gerúndio
Particípio






9) “Certo dia em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar a sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:”
Na passagem acima, em que tempo e modo estão os verbos grifados? Explique a diferença de sentido entre eles.
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10) Retire do 9º. Parágrafo duas frases com o verbo no presente do indicativo.
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 11)  Identifique e classifique os verbos do trecho abaixo.

“Meu amo, não vos enganei – retrucou o escravo. A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir. Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos. Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?”

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12 – Em uma folha do caderno ou em uma folha de linguagem, escreva um texto sobre a narrativa lida e a mensagem que pode-se extrair da mesma para a vida.






SAPO OU PRÍNCIPE?

Entre sapos e príncipes
Fragmento do texto de Rubem Alves( ADAPTADO)


       “Era uma vez um príncipe de voz maravilhosa que encantava a todas as criaturas que o ouviam. Seu canto era tão belo que seduziu até a bruxa que morava na floresta negra e que por ele também se apaixonou. Mas, diferente de todos os outros, que se sentiam felizes só de ouvir, ela resolveu cantar também. Que lindo dueto faremos, ela pensou. E logo se pôs a cantar.
      Acontece, entretanto, que bruxas não conseguem cantar afinado. Bastava que ela abrisse a boca para que dela saíssem os sons mais bizarros, que soavam como o coaxar de sapos e rãs. A vaia foi geral.
       A bruxa se encheu de uma inveja raivosa e lançou contra ele o mais terrível dos feitiços: Se não posso cantar como você canta, farei com que você cante como eu canto.
E o príncipe foi transformado num sapo. Envergonhado de sua nova forma, ele fugiu e se escondeu no fundo da lagoa, onde moravam os sapos e rãs. Ele ficou em tudo parecido aos batráquios. Menos numa coisa. Continuou a cantar tão bonito quanto sempre cantara. Mas desta vez quem não gostou do canto do novo sapo foram os sapos e as rãs que só sabiam coaxar. O canto novo soava aos seus ouvidos como coisa de outro mundo, que perturbava a concordância de sua monotonia sapal. Severos, advertiram: “Quem mora com rãs e sapos tem de coaxar como rãs e sapos.”
 O príncipe-sapo fez cessar o seu canto e não teve alternativas: teve de aprender a coaxar como todos os outros faziam. E tanto repetiu que acabou por se esquecer das canções de outrora. Não, não se esqueceu não... porque, quando dormia, ele se lembrava e ouvia a música antiga proibida que continuava a se cantar dentro dele. Mas quando ele acordava, se esquecia. Mas não de tudo. Ficava numa saudade indefinível. Saudade, ele não sabia bem de quê. Saudade que lhe dizia que ele estava longe, muito longe do lar...”



Responda as questões propostas no caderno.

1 -    Qual o assunto do  texto?
2 -    Escreva um pequeno texto resumindo a história.
3 -  Que tipo de vida levava o príncipe antes e depois de ser transformado em sapo?
4 -    As personagens desta história podem representar os seres humanos? Como isso acontece?
5 -   Por que o príncipe-sapo não se libertou do feitiço?
6 -  Ele poderia ter feito isso? Como?
7 -   Escreva uma frase sobre uma pessoa que age como as personagens do texto
a)    bruxa
b)    príncipe
c)    sapos e rãs

8 - Que outro final você daria para a história?






Bolo de laranja com casca

INGREDIENTES:

1 laranja média
1 xícara de chá de óleo
4 ovos
2 xícaras de chá de açúcar
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó

MODO DE PREPARO:

Corte a laranja em 4 pedaços, retire a parte branca do miolo e as sementes que estiverem aparentes. 
Bata no liquidificador as laranjas, o óleo, os ovos e o açúcar. 
Em uma vasilha, misture a farinha de trigo e o fermento.
Adicione o conteúdo do liquidificador à mistura, mexendo com colher de pau.
Leve ao forno médio por aproximadamente 25 minutos em forma untada com margarina e polvilhada com farinha de trigo.


1) A receita acima indica a maneira de preparar:
( A ) Uma torta  ( B ) Um bolo
( C ) Um doce    ( D ) Um salgado


2) Para seguir a receita, o que deve ser feito primeiro:
( A ) Bater no liquidificador os ingredientes.
( B ) Levar ao forno.
( C ) Cortar a laranja em quatro.
( D ) Em uma vasilha, misturar os ingredientes.

3) Para que serve este texto:
( A ) Preparar uma receita.
( B ) Contar uma história.
( C ) Informar sobre um fato.
( D ) Dar um recado.





Telefone com fio

  MATERIAIS:
Barbante;
2 copos de plástico vazios;
Tesoura ou alfinete para furar os copos.

1º passo: Fure os copos com a ajuda do alfinete. O tamanho do furo precisa dar para passar o barbante. 
 2º passo: Pegue o barbante, passe pelo furo do primeiro copo. Depois vá esticando e passe pelo furo do segundo copo. 
 3º passo: Agora é hora de prender o fio nos copos. Pegue a ponta do barbante e amarre (do lado de dentro do copo). Faça a mesma coisa no outro copo. 
 4º passo: Está pronto o telefone! Agora é só chamar um amigo, Cada um fica com um copo e estica bem o barbante. 

a) O texto ensina como fazer:

( A ) Uma receita  
( B ) Um desenho
( C ) Um brinquedo
( D ) Um cartaz

b) Para seguir as instruções, o que deve ser feito primeiro:

( A ) Passar o barbante pelo furo.
( B ) Prender o fio nos copos.
( C ) Fazer o furo nos copos.
( D ) Nenhuma das alternativas.

c) Quais os materiais que você deve ter para fazer o brinquedo:
( A ) barbante, cola e tesoura                            
( b ) copos de plástico e tesoura
( B ) barbante, copos de plástico e alfinete     
( D ) tesoura e cola


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